Envolta a um mar de gente e de conceitos. Um mar tão denso mas tão vazio. Incrível como me apego a meros objetos e conceitos, frutos de minha sociedade, de minha cultura, de meros status ou idealizações de beleza. "Trabalhamos em empregos que odiamos para comprar porcarias de que não precisamos."(Clube da Luta)
Relevar, concordar..
eu concordo
tu concordas
ele concorda
nós concordamos
vós concordais
eles concordam...
Nunca em toda a história, consentimos tantas informações, concordamos, aceitamos!
Perdemos o nosso ato de criticar. Pois temos medos de críticas negativas, ou ser taxado como grossos, ignorantes, critícos no fim das contas.Quem disse que todo homem é reflexo de seu tempo, está absolutamente certo. Aonde se encontra a idêntidade? Aonde se encontra a autênticidade? O diferente? Somos simples cópias e imagens da nossa cultura. A mídia contorce, manipula, transforma a uma repleta monotonia. Homens, condenados a mudar nossas crenças, dilemas e ideais para estar adequado a uma sociedade extremamente doente.
Pessoas são apenas perfis das redes sociais? Recebo em minha casa um amigo que não posso tocar, apenas sei de sua presença, é virtual. Conversamos, não nos olhamos. Eventualmente nos vemos. Navegamos por vias digitais, nos comunicamos por transmissão de algum tipo de energia, ou onda. Há uma nova caixa mágica onde talvez conheça alguém, compre um objeto. Posso fazer e conhecer inúmeras coisas. Tudo isso é bom, não nego. Mas....
Onde fica o tempo pra vida sentida mesmo? Quando é que se pode tocar? Ou só sentir?
É, talvez fique mais fácil assim. O ser idealizado, não é? Parte o que é, parte o que quero que seja. Parte um pouco do que sou e parte o que imagina que eu seja.
De qualquer maneira, quando nos vemos não nos anestesiamos? Com vícios ou em vícios? Acho que demoramos muito em abrir as portas, pro que realmente somos.
Há muitas voltas.
Já me basta a pele que tenho, o corpo em que nasci.
Sempre o vício das vestimentas. Cada vez mais metida em nomes e roupas, telas e títulos.
Talvez como alguém disse por ai somos simples produtos de nossa sociedade.....
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