Simples gestos fazem a diferença!



       Dia ruim? Todo mundo tem. TPM? Todo mundo tem. Falta de tempo? Todo mundo tem. É, pois é! Tem vezes que somos tão egoístas que chegamos ao ponto de pensar que apenas nós temos o direito de acordar com pé esquerdo, de perder o ônibus, de esquecer os compromissos. Não! Isso acontece com todo mundo, mas ninguém é culpado pelo que está acontecendo contigo.
       Quando há algo errado conosco e tratamos os outros de maneira hostil por causa disso a tendência é que mais situações hostis se acumulem ao longo do dia. Estou falando da nossa própria posição no dia-a-dia. Pára para reparar: aquele “dia ruim” que não dá vontade de falar com ninguém e qualquer faísca já faz explodir tende a se tornar cada vez pior conforme vai passando, não é? Isso acontece porque você direciona tudo para o que realmente há de ruim no dia.
       E se, ao invés, de agir destilando veneno, que tal parar e ser o do “contra”? É, isso mesmo! O dia tá “virado”? Desvira! Te espremeram no ônibus? Se ofereça para segurar a bolsa de alguém. Soltaram um palavrão? Sorria de volta. O antigo o jargão diz “Gentileza gera gentileza”. E funciona! Assim como o contrário também. Mas, diz, não é muito mais gostoso um dia de harmonia do que aqueles dias “pesados”? Não é mais legal ouvir um “obrigado” do que ”#%^$”?
        Ah, mas não faço ideia de como nem por onde começar! O primeiro passo é estar disposto a agir diferente, a contrariar a maré dos mal humorados. Depois, buscar exemplos naqueles que sempre tem algo de bom a oferecer.
        Gestos pequenos, sorrisos, sinceridade e carisma, nada disso vai fazer mal no dia à dia.Você pode sair e dar uns trocados para o mendigo na rua, no Brasil ainda existem pessoas de tanta má fé, que reage a um mendigo de forma grotesca que para eles significam apenas mais um cachorro de rua qualquer. 

         Você pode ignorar os trocos em bala da senhora que te vendeu um café numa padaria qualquer, pode dar uma gorjeta mínima para o garçom que te atendeu tão bem e foi tão atencioso, ou pode simplesmente ignorar uma pessoa necessitada, se estressar por causa de dez centavos que ainda podem ser útil para adoçar a boca e frustrar um garçom que esperou um real do teu bolso. Basta você escolher.     
        Você pode parar na faixa de pedestre num passeio e dar um sorriso para quem está atravessando. Pode ligar seu rádio no último volume e cantar. Pode ajudar uma senhora, um deficiente visual ou alguma criança insegura, a atravessar a rua. Você pode ser um doce, fazer a diferença para cada pessoa que você passou perto, ou ser só mais uma das milhões que deixam seus problemas engolirem o pouco de gentileza que lhes resta. Basta você escolher. Você pode se irritar, sim. Você pode ficar brava. Basta você saber administrar seus sentimentos ruins e transparecer eles de uma forma sutil. Você pode falar firme ao invés de falar aos gritos. 
     Pode evitar uma briga com a sua mãe, por um motivo besta, ao invés de começar uma revolução dentro de casa e acabar sem razão. Pode deixar de pisar em um inseto porque não gosta dele, afinal é uma vida, faz parte de cadeia alimentar e de alguma forma ainda, minimamente, vai te ajudar. Pode ser legal, se você quiser. Você pode fazer pequenas coisas para mudar o dia de alguém. Pode conversar com uma pessoa triste no banco da praça e distraí-la um pouco. Você pode fazer várias coisas, ser várias coisas. Afinal, gentileza gera gentileza, lembra? E de acordo com as leis de Newton, tudo o que você faz tem uma reação.


Beijos mordidos

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