Queria não estar tão revoltada
Oh Jesus! Estou te pedindo para me mostrar o amor verdadeiro, o amor verdadeiro é me mostrar o sofrimento? Até que ponto alguém consegue aguentar tanto sofrimento? Cura Senhor! Chega de tanto sofrimento, eu não aguento mais tanta dor!
A cruz tá pesada de mais!
“Nesse mundo vcs terão aflições, mas tenham Fé eu venci o mundo!”
Luto por vc Regina, a mulher que deixou de ver os próprios filhos crescendo para cuidar de mim e dos meus irmãos, queria poder ter o privilégio de provar o seu tempero mais uma vez! Queria que vc tivesse perdido o medo de viajar de avião para vir ver a sua médica formada! Queria ter tido mais tempo para passar as tardes, conversando e tomando um cafézinho na sua sala de estar! Queria até ter tido idade para ir com vc nas noites no Virgílio, para tomar uma cervejinha e dança um forró.
Saudades até das vezes que vc reclamava da bagunça que fazíamos quando éramos crianças. E de como vc cuidou tão bem de bisa! Eita saudade de ouvir sobre o orgulho que tinha dos netos! E até das reclamação de como estavam levados! Rsrsrs
Nunca foi só uma empregada doméstica, foi a substituta da mãe que precisava trabalhar fora para pôr comida na mesa, era colo que acolhia, mas tbm colocava de castigo quando era preciso, que entre uma panela e outra ainda tinha tempo de fazer um bolinho e uma vitamina de banana com maçã para gente tomar café.
Vou sentir eternas saudades Regina!
Que haja justiça para o descaso médico, uma senhora que vem por dor lombar, que se tenta passar sonda duas vezes e está anúrica, que é diabética insulinodependente e hipertensa e dão alta só com buscopam, sem exames laboratoriais sem avaliar a função renal, que passa mal 1:30h depois que chega em casa, com dor no peito e falta de ar, é socorrida por uma ambulância sem médico, que tem uma parada cardíaca, uma infarto agudo do miocárdio, é reanimada e intubada. Que chega às 19:20 no hospital e até as 7h nenhum médico vem falar com a família para dar informações. Ao contrário, a filha que só queria informações, foi obrigada a ir para delegacia, pois a médica se sentiu “coagida” pela filha ( que é enfermeira)por exigir e gritar por informações da mãe…
Enfim que a justiça seja feita! É que esses médicos de Quissamã saibam que o paciente não é só um paciente. Ele é o amor de alguém! Ela é mãe de 3 meninas e 2 meninos de sangue, de 3 filhos de coração( eu me incluo nessa), avó de 8 netos. Ela é uma mulher guerreira! Que está lutando contra a sedação de uma UTI! Que ajudou a criar um futuro engenheiro da FURG outro da UFPR, uma médica, duas enfermeiras, um futuro jogador de Futebol de grandes times cariocas.
Uma mulher que lava, passa, cozinha, cuida, ensina, dá banho, troca fralda de idoso. Ela é muito! Ela foi tanto! Uma senhora negra, pobre, semianalfabeta, que foi negligenciada uma vida. Vítima de uma emergência que não foi capaz de atender com dignidade e responsabilidade o amor de alguém!
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