Para muitos o título desse texto é bem sugestivo, mas não se trata propriamente de mais um texto de amor e sim sobre as relações verbais( ou regênciais)
Estudando a nossa tão renomeada Língua Portuguesa, a seguir um pouco das palavras de Tiago Tavares sobre os "Gramáticos Puristas"-preocupados com a pureza da língua-:
Eles nunca recomendam, sempre ditam. São mais ou menos como os médicos, nunca sugerem e sempre prescrevem.
Preocupados com um purismo lingüístico exacerbado, deixam de perceber formas novas (e outras nem tanto assim) de se dizer e escrever a língua. Defendem a pureza desta contra todas as supostas “contaminações” e “decadências” provocadas por seus falantes. Conseqüentemente, não registram em seus compêndios gramaticais essas formas inovadoras pelas quais a língua (também) se realiza.
O verbo namorar, por exemplo, na maioria das gramáticas (puristas) aparece (exclusivamente) como transitivo direto, não aceitando (é assim que aparece, como se os verbos tivessem vontade própria e não dependessem em nada de seus falantes), portanto, a preposição com, conforme é fácil constatar na fala (e, não raro, na escrita) dos quase duzentos milhões de brasileiros.
Dito isso, normalmente seguem as toscas prescrições normativas do tipo: “não se deve [reparem o tom autoritarista das prescrições] usar a preposição com entre o verbo namorar e seu objeto, no caso, Pedro. Assim, “Ana namora Pedro”; nunca “Ana namora comPedro”, dizem eles. O próprio Word (editor purista?) acabou de passar um traço verde embaixo deste exemplo, indicando, no mínimo, incorreção gramatical.
Meu Deus do céu, será que os puristas não percebem que o Brasil inteiro fala "namorar com" e que grande parte já até escreve assim? Há registro desse fenômeno mesmo na grande literatura.
Sem interesse pela resposta, pois já a conheço, questiono: quando gramáticos puristas seguirão bons exemplos, como os de Celso Pedro Luft? Este autor registra em letras grandes em sua gramática o uso de namorar como transitivo indireto, acompanhado da preposição: “Ana namora com Pedro” sim, e daí?! É assim que falamos e cada vez mais escrevemos.
De nada adianta a repressão ferrenha. As línguas sempre foram e continuarão sendo mal-comportadas e mutantes (para não ter que explicar aos puristas que seus falantes é que as mudam). Também, se tiver que explicar...
Eles nunca recomendam, sempre ditam. São mais ou menos como os médicos, nunca sugerem e sempre prescrevem.
Preocupados com um purismo lingüístico exacerbado, deixam de perceber formas novas (e outras nem tanto assim) de se dizer e escrever a língua. Defendem a pureza desta contra todas as supostas “contaminações” e “decadências” provocadas por seus falantes. Conseqüentemente, não registram em seus compêndios gramaticais essas formas inovadoras pelas quais a língua (também) se realiza.
O verbo namorar, por exemplo, na maioria das gramáticas (puristas) aparece (exclusivamente) como transitivo direto, não aceitando (é assim que aparece, como se os verbos tivessem vontade própria e não dependessem em nada de seus falantes), portanto, a preposição com, conforme é fácil constatar na fala (e, não raro, na escrita) dos quase duzentos milhões de brasileiros.
Dito isso, normalmente seguem as toscas prescrições normativas do tipo: “não se deve [reparem o tom autoritarista das prescrições] usar a preposição com entre o verbo namorar e seu objeto, no caso, Pedro. Assim, “Ana namora Pedro”; nunca “Ana namora comPedro”, dizem eles. O próprio Word (editor purista?) acabou de passar um traço verde embaixo deste exemplo, indicando, no mínimo, incorreção gramatical.
Meu Deus do céu, será que os puristas não percebem que o Brasil inteiro fala "namorar com" e que grande parte já até escreve assim? Há registro desse fenômeno mesmo na grande literatura.
Sem interesse pela resposta, pois já a conheço, questiono: quando gramáticos puristas seguirão bons exemplos, como os de Celso Pedro Luft? Este autor registra em letras grandes em sua gramática o uso de namorar como transitivo indireto, acompanhado da preposição: “Ana namora com Pedro” sim, e daí?! É assim que falamos e cada vez mais escrevemos.
De nada adianta a repressão ferrenha. As línguas sempre foram e continuarão sendo mal-comportadas e mutantes (para não ter que explicar aos puristas que seus falantes é que as mudam). Também, se tiver que explicar...
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